quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Sonho de Duas Passagens

Silencio. Bruto. Peso. Natural. Palavras que definem bem o longa americano Sonho de Duas Passagens. Quase não há diálogos, o poder é imagético,a floresta onde a história se situa é a força motriz dos personagens,de suas relações com o mundo e entre si. Assunto recorrente no imaginário norte-americano desde o século XIX,a volta a natureza,o abandono da civilização e a conexão com outra lógica social.
Uma família composta por dois irmãos e sua mae mora afastada de tudo e de todos no coração de uma floresta. Os rapazes belos e de traços delicados possuem um lado bruto forte marcado pela existencia no local. As leis da cidade não valem ali,eles vivem a parte do mundo civilizado instituído. Caçam seu próprio alimento, a tv (grande comunicadora e fonte de ligação) não funciona propriamente,fazem suas leis.
O longa se prende na relação destes personagens com o local,o tempo é diferenciado,lento,da própria natureza. A narrativa é da passagem do tempo. Ao perder a mãe, os dois rapazes realizarão uma jornada para cumprir seu ultimo desejo. Não é um caminho de auto-conhecimento,de reviravoltas mas o desejo maior e a responsabilidade de algo muito maior.






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