segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Colin

Uma camera na mão,uma idéia na cabeça,muito sangue, 70 dólares e mais de cem figurantes. O resultado é Colin,filme de terror,mais precisamente de zumbis que vem para transformar o genero.Geralmente estes longas ou flertam com o trash,ou com a comédia,não raro com os dois. O filme ingles tem trash,tem cenas comicas,mas é um drama. Acompanhamos a saga do anti-herói, Colin,após ter sido mordido e se tornado um morto-vivo. Ele vaga por Londres e o seguimos. O longa tem 97 minutos,pouquissimos diálogos, e sequencias de silencio e vazio profundos. O personagem parece flanar pela cidade abandonada por humanos e tomada por zumbis. Os planos são em sua maioria planos gerais que o mostram andando sozinho durante muito tempo,nos dando a sensaçao de abandono e desesperança,não há motivação,ou closes que o humanizam, os pés caminhando torto e arrastado,as mãos deformadas,como se fosse alguem com limitações.Tomadas da arquitetura ou do tempo, a propria mudança temporal gradual.
Em seu caminho Colin se depara com humanos que lutam por sua sobrevivencia,neste momento ele se torna de fato o que é : um zumbi. Ou seja, o instinto de matar e comer suas vítimas é o que o move,até que algo chame sua atençao.Neste momento o diretor presta uma homagem ao classico cinema de terror,pois as cenas não deixam a desejar nada ao mais sanguinário exemplar do genero,muito sangue e víceras para todos os lado.Entretanto, não existem mocinhos,nem vilões, o garoto morto-vivo e outros apenas fazem aquilo porque é o que deveriam fazer,a maquiagem é quase inexistente,o que lhes confere uma afeição assustadoramente humana ( tao mais fácil seria se eles fossem monstros horrendos...) e os humanos de fato não são muito melhores que os mortos. Estes não possuem consciencia do que fazem, apenas agem,já aqueles possuem o que é de mais caro a raça humana,o raciocínio, e cometem barbaridades enquanto o mundo se aproxima do fim. Ficando a pergunta de quem é realmente o perigo.
Em sua jornada o espectador é convidado a reflexao sobre sua própria condição e sentido ou nao de nossa própria existencia,afinal Colin está fadado a eternidade a marchar sem rumo alheio a toda vida que o cerca ? A consciencia é algo libertador ou é capaz de nos tornar tão piores do que zumbis ?

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

domingo, 18 de outubro de 2009

Bastardos Inglórios

Em Bastardos Inglórios Tarantino salvou o filme histórico de si mesmo. Explico,nenhum filme reconta a História,ele pode servir como ótimo documento histórico da sociedade em qual foi feito,mas querer através de um longa jogar luz sobre acontecimentos passados não é possivel. É ficção e como tal,é possível colocar um personagem que nunca existiu,criar uma trama mais de ação,de mais romance, e no caso de Tarantino mais comédia,sangue e por que não mudar a História?Sim, o cineasta tem a coragem de pegar o evento histórico do século passado mais delicado e exaustivamente debatido para criar sua própria poética.
Trata-se de um longa que homenageia o cinema ficcional,a brincadeira de se criar realidades,sem o compromisso com o real. Tudo gira em torno do universo cinematográfico: uma atriz espiã,um comandante crítico de cinema alemão,Gobbels e o cinema de propaganda e o próprio cinema,palco onde as tensões se desenrolarão no final, o local redentor , são alguns elementos da trama.
Em um filme histórico sabemos qual o evento a ser narrado de antemão. Para ater-me apenas na temática nazista cito A lista de Schindler, baseado em fatos reais, A Queda, baseado no depoimento da própria secretária, O Pianista, autobiografia do personagem principal, Operação Valquíria,baseado em fatos reais. Em Bastardos Inglórios,este evento não existe.Tarantino cria um esquadrão de meia duzia de soldados judeus norte-americanos,mais um alemão que odeia o atual governo comandados por um comandante gentio caipira que tem por missão matar o maior numero de nazistas possíveis. Soma-se ao enredo uma judia sobrevivente que vive com identidade falsa em Paris que desperta o interesse romantico de um herói de guerra alemão.A partir destes elementos o cineasta cria seu enredo.
É interessante notar a dicotomia existente entre a representação dos alemães e a dos norte-americanos. Nada que seja muito diferente de Sobrevivendo ao Inferno,filme passado em um campo de concentração para oficiais do exército aliado,onde os ingleses são fleumáticos,os alemães arrogantes e o único norte-americano é um homem simples, com caracteristicas do ideal de cidadão americano,baseball,sem cerimonias,calças jeans e com gosto pelo perigo. Em Bastardos temos o mesmo padrão e mais,Tarantino introduz a herança indígena,o elemento "bárbaro", o pelotão tem por costume escalpar suas vítimas,ordens dada por seu capitão rustico interpretado por Brad Pitt que no filme que o lançou ao estrelato,Lendas da Paixão,era justamente o caucasiano com alma de índio,selvagem,que tentava ter seu lugar na sociedade branca.Já os alemães são brutos,mas com certa afetação. Lobos em pele de cordeiros passíveis de gerar terror no publico,mas também deboche. E é preciso notar a caracterização dos judeus no longa. Se nos filmes eles aparecem como aqueles dignos de pena e indefesos ante a crueldade nazista, em Bastardos eles tomam a rédea da situação,mesmo aparentando fragilidade como a sequencia em que o comandante está de frente de seus novos recrutas,todos franzinos,Woody Allens em potencial, ou da bela judia que a qualquer momento o publico acha que ela possa sucumbir frente a força nazista.
Não é apenas pelos personagens que o diretor mostra ao publico que não se trata de um "filme histórico". Trata-se de um longa de Tarantino,então é preciso comédia,muito sangue e diálogos afiados,nada que se veja no cinema que pretende recriar uma realidade.Entretanto como já foi dito a cima, Bastardos Ingloriosos se passa no evento mais exaustivamente comentado do século,todos posuem um imaginário sobre os acontecimentos dos primeiros anos da década de 40, e sendo assim o publico espera uma boa dose de "realismo". O diretor então desde as primeiras cenas tenta distanciar o publico do lugar comum do cinema feito sobre a Segunda Guerra. As cenas encerram em si suspensão,clímax e desfecho,não é possível ao espectador ficar passivo diante ao que acontece na tela,cada sequencia é uma nova surpresa,não é o fim que conta,mas aquele pequeno momento, a camera trabalha neste sentido,cada sequencia é retratada pelos mais diversos angulos,dando movimento,tensionando a ação,pois não sabemos qual o próximo passo. Os diálogos são narrativos,na medida em que através deles ficamos sabendo dos acontecimentos passados,ou de características de um personagem, a palavra tem tanta força quanto a imagem,ao invés de fazer a caracterização apenas pela interpretação e pela imagem, Tarantino opta pela descrição narrada pelo outro através de perguntas e respostas criando assim um estranhamento por parte do publico,acostumado a narrativa imagética. A trilha sonora também é contemporanea e ao contrários de seus outros filmes,parece que não se encaixa às imagens,não flui com a narrativa, causando também um distanciamento por parte da platéia.
Tudo corre bem até que o cineasta coloca uma peripécia que puxa o espectador para os eventos históricos que ele conhece,mas a semente já foi plantada e quem assiste fica na duvida do que pode acontecer,sendo que em qualquer outro filme o desfecho neste caso seria um único,o fracasso. ( Para entender,os bastardos e a garota judia planejam sem ter conhecimento um do outro um ataque contra os figurões do regime que assistirão a preimière de um filme de Gobbels em Paris, e eis que de ultima hora Hitler resolve aparecer na estréia).Mas lembre-se,Tarantino salvou os filmes históricos de si mesmos, e todos os elementos fílmicos desde seu começo levam ao final apoteótico,pequenos clímax que chegam ao seu máximo no local de redenção,o cinema,o local da fantasia por excelencia.
Quando de seu lançamento em Cannes,os jornais anunciaram que depois de Bastardos Inglórios nada poderia ser dito sobre a Segunda Guerra. Discordo. A partir de Inglorious Basterds tudo pode ser dito sobre a Segunda Guerra.

sábado, 10 de outubro de 2009

Terceiro dia de SOCINE

Eu não pude comparecer ao segundo dia,portanto temos um pulo para o terceiro e ultimo dia do encontro.Muito proveitoso. A tarde começou na mesa de cinema brasileiro até a década de 50,com a fala da colaboradora do blog Priscila Xavier sobre o cinema cinetífico,precisamente um filme do Instituto Butantan. Qual a relação entre estes documentários e a noção de progresso existente na sociedade na época?Como eles se inserem?Depois do intervalo, a mesa sobre cinema e tv com as falas sobre a geração 68 e sua construção mitica pela globo através de suas misséries,qual a identidade que foi forjada pela emissora; seguida da fala sobre o globo reporter e sua aproximação ou não com o cinema e com o documentário jornalistico.
Para fehcar, seminário com Educardo Escorel sobre documentário de memória. Tema que me trouxe algumas reflexões sobre o perigo de querer se achar a verdade.Na fala de Escorel apareceu muito isto e o compromisso com esta,mas o que é verdade?Nenhum documento é isento,sendo assim voce contrói uma linha de pensamento e não verdades. O interessante foi aproximar o trabalho do documentarista ao do historiador,só é necessário ter em mente que nunca se encontrará verdades e o compromisso pode ser com os fatos e ponto.São coisas muito diferentes.
Não sei como foi o balanço final para o Socine,hoje eles se reuniriam e amanha tem reunião na Cinemateca logo pela manha,mas para mim foi bem positivo pela qualidade dos trabalhos apresentados e pela diversidade de temas também.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Primeiro dia de SOCINE

Está tarde,mas como o prometido faço um balanço sobre este primeiro dia.
Hoje na minha agenda, era dia de construção de indentidade. Começou com Cinema Conteporaneo, e a construção da identidade nacional através dos filmes de sertão,quais as diferenças de realidades e de projetos construídos pelo sertão do cinema novo e o da retomada, o coletivo versus o individual, e onde estão os detentores do poder e seus excluídos.Depois do almoço, Cinema e Literatura I, a apresentação que me chamou atenção foi a do filme nunca exibido em circuito chamado Exu- Pía, trata-se de uma releitura de Macunaíma que tem como ponto de partida a peça de Antunes no final da década de 70,mas que mistura com ficção,relacionando-se com o filme de Joaquim de Andrade,pela escolha de um dos atores para o papel do herói, pelo universo pop,mas muito mais tropicalista, e com influencia na edição e na escolha do universo caótico com O Bandido da Luz Vermelha. Fiquei com vontade de assisti-lo.Para terminar, cinema frances e a transnacionalidade, o imigrante no cinema contemporaneo. Qual a posição que esta segunda geração de imigrantes possui na sociedade francesa?Estrangeiros na própria terra,uma vez que não são aceitos socialmente na Europa,mas também não pertencem ao país de origem de sua família,sendo sua formação híbrida.
E depois de muitas mesas, Eduardo Escorel e o documentário. Hoje falamos de doc de observação. Quais as limitações do genero.Como Cris Marker anteviu a lacuna que esta maneira de fazer domentário possui. Se as imagens por si só carregam significados. Até onde o cinema direto que se propõe a não interferencia consegue ser imparcial.
Amanha tem mais.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

13 SOCINE

Amanha começa ao 13 SOCINE. Hoje é a abertura na Cinemateca,com a palestra de Vicente Sanchez- Biosca da Universidad de Valencia sobre a Guerra Civil Espanhola e o imaginário bélico. Começa as 20h.
A partir de amanha,maiores informações sobre as mesas e o Seminario com Eduardo Scorel, que ocorre a partir das 19h no CINUSP até sexta.
Maiores informações em www.socine.org.br

sábado, 3 de outubro de 2009

Pipilotti Rist no Paço e no MIS

Semana que vem abre duas exposições de Pipilotti Rist em São Paulo. Para quem não conhece,é uma artista suíça que trabalha com video-arte, muito ligada a video-instalação e a performance.
Ocorreram dois encontros com ela no MIS quinta e sexta.Tive a oportunidade de ir ao primeiro,onde além de Rist estavam Solange Farkas,presidente do Vídeo Brasil e Wagner Morales,artista. Apesar da conversa não caminhar para o cinema expandido,fiquei com esta questão quando Pipolotti disse que gostava de subverter rituais,no caso o papel o espectador sentado,vendo uma imagem numa tela retangular.Por se tratar de vídeo,ela tenta retirar suas imagens da telinha pequena de um monitor de tv, e o publico tem seu corpo cotidiano afetado na medida em que seus trabalhos propoem um deslocamento do olhar e do corpo, as imagens são projetadas em mobílias em angulos não convencionais,no teto,no próprio corpo do espectador.Não tem como ficar passivo ao que acontece. A arquitetura ganha importancia junto com o vídeo e os dois compoem a obra.
No cinema,o que temos? A tela e a sala,uma caixa preta onde todos se sentam para ver o que será projetado,uma narrativa. Falar que o cinema é passivo seria erroneo, pois muitos filmes nos provocam,nos trazem reflexão e desconforto,mas existe uma parcela da industria cinematográfica hollywoodiana que tem por objetivo apenas criar o entretenimento ,o espectador senta,assiste àquelas imagens acompanhadas de pipoca,esquece do mundo exterior,depois volta para casa. Corpo e mente passivos.
Ao mexer na própria arquitetura,o corpo já cria uma nova vida, e traz a reflexão do porque daquelas imagens estarem ali. Que tipo de imagens e que tipo de publico este cinema expandido quer? Qual o limite entre a sétima arte e o vídeo?Qual o espaço para cada um ? Seria a narrativa a esfera do cinema, e a não- narrativa a do vídeo?
São questões que eu me coloco. Em primeiro lugar,porque o cinema mudou muito,o que mais dá lucro aos estúdios são os dvds, hoje é possível fazer um download de um filme e assistí-lo no iPod, ou seja da comunhão anterior,onde muitas pessoas em uma sala escura compartilhavam de uma mesma experiencia,em sua solidão de seu assento, resta pouco,uma vez que agora é possivel não compartilhar absolutamente mais nada em telinhas cada vez menores. E a vídeo- arte?É possivel ver trabalhos na net,mas alguma coisa se perde pois o espaço faz parte do trabalho, não precisamos mais da arquitetura do cinema,mas precisamos da galeria?
Em segundo, o tema da narrativa acaba sendo cada vez mais presente em ambas as esferas. Assisti Cremaster ( parte I e V) de Mathew Barney no Itau Cultural este ano,sentada na sala de cinema deles. Assisti ao ultimo filme de David Lynch, Império dos Sonhos, no dvd. Longa,que concorreu a todos os Festivais importantes, e ninguém contestou se era "cinema" ou não. Digo isto,porque trata-se de um filme sem nenhuma narrativa, cenas independentes,que não faz a menor importancia em qual ordem o espectador vai assisti-las,nem se vai ver todas. Já em relação ao filme de Barney,não é possivel ve-lo em dvd,muito menos em salas comerciais, a relação dos locais de exibição mostra gerelmente museus, galarias,centros culturais, festivais de cinema experimental. E qual a diferença entre um e outro?
São apenas colocações sobre a expansão do cinema e seus desdobramentos. Eu não tenho respostas,apenas muitas questões, e deixo em aberto para reflexões de cada um.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Fernando Solanas em São Paulo hoje

Na noite de ontem ocorreu a abertura de um dos eventos mais importantes da área de Cultura, que é o "II Congresso de Cultura Ibero-americana". Aí você se pergunta porque invadi o blog de cinema para falar disso afinal de contas?
Bem, já respondo... Hoje à tarde haverá a conferência de um dos mais importantes cineastas argentinos de todos os tempos: Fernando Solanas!
Responsável por um dos cinemas mais aguerridos, com uma grande capacidade de discernimento estético e também político, aliás, um dos fortes candidatos à presidência hermana nas próximas eleições... Mas isso não vem ao caso, o que merece a nossa atenção é sua obra cinematográfica, que teve início com o impactante documentário "La hora de los hornos" (1968), lançado durante uma das várias ditaduras deles é até hoje referência de não-ficção política.
Com quase quatro horas de duração, o filme é dividido em três partes entituladas: “Neocolonialismo y violencia” (o mais conhecido); "Acto para la liberación" (dividido por sua vez em "Crónica del peronismo (1945-1955)" e "Crónica de la resistencia (1955-1966)") e por fim "Violencia y liberación". Chamado de cinema revolucionário, para ser exibido fora das salas convencionais, em fábricas e outros lugares onde os trabalhadores estivessem, a película foi realizada dentro do grupo "Cine Liberación", que fomentava a revolução contra o governo militar.
Nesse momento está sendo lançado no Festival do Rio seu novo filme, que faz parte do projeto de uma série de dez documentários, que buscam entender a nação argentina dos últimos anos, através da história da ferrovia nacional. O título: "Tierra Sublevada. Parte 1 - Oro Impuro", que espero vê-lo em breve nas nossas telas...

Tudo bem, estamos em períodos em que os idealismos até utópicos sessentistas não nos servem mais por uma série de razões sócio-históricas, mas não deixa de ser interessante olhar o resultado cinematográfico de um pensamento. Como uma arte pode ser arma de luta de uma geração em determinado espaço-tempo...
Por isso estou tão empolgada com a possibilidade de ver e ouvir o que esse senhor que ainda transborda sonhos de um mundo melhor tem a nos dizer, daqui a algumas horas no Sesc Vl. Mariana...
Vou indo, senão me atraso e daí não tenho o que contar depois...

Volto com novidades!


Painel 1: O audiovisual e a identidade
Dia 1º de outubro, das 15h às 17h

Os meios audiovisuais de comunicação e de expressão constituem uma área fértil para a problematização de questões relacionadas à identidade e à diversidade cultural. Este é um campo em que as contradições entre padronização e diversidade cultural mostram-se mais nítidas, evidenciando as esferas de poder e as trocas simbólicas envolvidas no processo. Nessa perspectiva, este painel pretende retomar a memória e aprofundar as discussões ocorridas no I Congresso de Cultura Ibero-americana, que esteve focado precisamente nas linguagens audiovisuais e, em especial, no cinema.
Participantes

» Fernando Solanas (Argentina)

Cineasta e roteirista. Dirigiu Sur e El Exílio de Gardel (Tangos), entre outros filmes.

» Jorge Ruffinelli (Uruguai)

É professor na Universidade de Stanford, nos Estados Unidos. Autor de livros sobre crí¬tica literária e cinema, entre eles a Enciclopedia del Cine Latinoamericano.

» Omar Gonzáles Jiménez (Cuba)

Presidente do Instituto Cubano de Arte e Indústria Cinematográfica. Poeta e jornalista, foi editor do jornal El Caimán Barbudo, do Instituto Cubano do Livro, do Conselho Nacional de Artes Plásticas e vice-ministro de Cultura.

» Orlando Senna (Brasil)

Cineasta e jornalista, foi Secretário do Audiovisual do Ministério da Cultura (2003-07), e diretor geral da TV Brasil (2007-08)