domingo, 21 de fevereiro de 2010

500 Dia com Ela

No começo do filme o narrador diz que não se trata de uma história de amor. Bobagem. Não se trata de uma história de amor hollywoodiana, cheia de cliches,personagens perfeitos,happy end e trilha melosa. Neste romance indie temos dois personagens longe do ideal, um relacionamento fracassado e uma trilha arrasadora cheia de melancolia com The Smiths e os onipresentes,fofos porém muito cruéis Belle & Sebastian.
O filme conta o namoro que deu errado entre Tom, um garoto sensível, e Summer, uma garota que não gosta muito de se apaixonar. Quando eles se conhecem no trabalho podemos perceber que trata-se de uma tragédia anunciada, numa inversão de papéis, ele se apaixona perdidamente pela garota que parce ideal,pois compartilha os mesmos "gostos estranhos" - como sua irmã caçula diz- que ele, já ela só quer curtir, mas o garoto permanece com sua amada,talvez esperando o dia em que ela visse que ele era seu principe encantado.
O longa não segue uma narrativa linear, indo e vindo nestes 500 dias, nos mostrando Tom depressivo com o término intercalando com cenas do romance. É bem interessante como o diretor resolve cenicamente o clima do personagem através da luz e do figurino. Summer, está invariavelmente de azul ( blue em ingles pode ser triste) e Tom usa cores mais pastéis, quando leva o fora começa a usar roupas cada vez mais pesadas, ou tons ocres. A fotografia nos dias bons é sempre luminosa,ou amarela verão (summer) e vai esmaindo junto com o personagem.
A pessoa ideal muitas vezes pode não corresponder a realidade.

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