sábado, 20 de fevereiro de 2010

Onde vivem os monstros


O Oscar esnobou Onde vivem os monstros,uma pena porque é um belo filme ( não tão bom quanto os dois anteriores de Spike Jonze, Quero ser John Malcovich e Adaptação,mas muito bom).

Jonze tinha um desafio e tanto pela frente, transformar um livro infantil de 36 páginas em um longa...não infantil! E conseguiu. Alguns críticos discordam e acham o tom da fita ingenuo. Entretanto a história fala de inocencia e perda desta, é o mundo visto sob a ótica de um garotinho de oito anos.

Max é um menino solitário, sua mãe, divorciada, trabalha muito e sua irmã pré-adolescente não tem muita paciencia para suas brincadeiras. Ele resolve fugir , acaba numa ilha habitada por monstros e é coroado rei por estes. Ser soberano de um lugar implica em responsabilidades, em criar um ambiente perfeito para todos e Max vai descobrir que isto não é fácil.

Jonze através da belíssima fotografia imprime um tom poético ao filme, cria a idéia de que as coisas podem ser mais descomplicadas do que achamos, mas também através de planos frenéticos com camera na mão nos tira desse local idílico para nos mostrar o mundo frenético de um garoto de oito anos que quer tudo ao mesmo tempo agora e não tem noção das consequencias de seus atos. Assim o diretor cria um equilíbrio, que ao longo da história vemos o quão é dificil de manter. A incrível trilha de Karen O dos Yeah! Yeah! Yeah! vem para pontuar este clima, hora mais calma e mais instrumental,hora mais rock com seus famosos gritos.

Saímos do cinema com a impressão que tudo pode ser mais simples,mas também que mesmo adultos somos capazes de infantilidades que atingem os outros.

Nenhum comentário:

Postar um comentário