sexta-feira, 3 de setembro de 2010

No balanço do cineasta

“O cinema falado é o grande culpado da transformação...” De quem é essa canção?
Quem é Roberto Kelly? Um sambista apresentador de programa de TV?
Quem é André Weller? Um cineasta sambista?
O que isso importa? Sinta o balanço da música. Deixe o gingado inusitado do piano te levar...
A conversa ritmada entre o cineasta-músico e o músico-apresentador acontece no palco de um teatro vazio. E é atrás de um piano (e não de uma tão tradicional mesa de bar) que o diálogo falado/cantado se desenrola no filme “No balanço de Kelly”, do carioca André Weller.
Em meio à profusão de produções documentais nacionais sobre músicos de nossa canção, eis que ainda há fôlego (vindo diretamente do diafragma) para a criatividade. Criatividade esta que acontece simples assim: basta seguir a música...
O documentário aqui poderia ser mais um dentre tantos outros musicais, mas o diretor o rege de tal forma a deixá-lo leve, aliás, muito na cadência de seu personagem, que até ensaia um diálogo com a câmera, tal como o fazia nos tempos áureos de seu programa televisivo especializado no carnaval carioca.
Hey! Mas atenção! Se você quer fazer documentário musical no Brasil, pegue logo seu músico ou banda, pois logo todos terão seu filme e daí o tema acaba!
Ah o Rio de Janeiro em tempo de carnaval! O povo em êxtase toma as ruas a cantar as marchinhas de todo o sempre... E naquele tempo em que homem não podia ter cabelo comprido, o garçom cabeludo entrega “de bandeja” à inspiração para a marchinha do criativo Roberto Kelly... Será que ele é?
Pois é, meu irmão, a propósito, aquela canção do início é de Noel Rosa!

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